sexta-feira, junho 29, 2007

[Filosofia] A Fuga da Cruz

A Fuga da Cruz


Autor: Emile Michel Cioran
Tradução: Renato Suttana
Fonte: On the heights of despair

Não gosto de profetas mais do que gosto de fanáticos que nunca duvidaram de sua missão. Meço o valor dos profetas pela sua habilidade em duvidar, pela freqüência de seus momentos de lucidez. A dúvida os torna verdadeiramente humanos, mas a sua dúvida é mais impressionante do que a das pessoas comuns. Tudo o mais neles é apenas absolutismo, pregação, didatismo moral. Querem ensinar os outros, proporcionar-lhes salvação, mostrar-lhes a verdade, mudar os seus destinos, como se as verdades deles fossem melhores do que as verdades alheias. Só a dúvida pode distinguir os profetas dos maníacos. Mas já não é tarde demais para que duvidem? Aquele que pensou ser o filho de Deus apenas duvidou no último momento. Cristo duvidou realmente não na montanha, mas na cruz. Estou convencido de que na cruz Jesus invejou o destino dos anônimos e, pudesse tê-lo feito, haveria se retirado para o canto mais obscuro do mundo, onde ninguém lhe implorasse por esperança ou salvação. Posso imaginá-lo a sós com os soldados romanos, pedindo a eles que o apeassem da cruz, que arrancassem os cravos e o deixassem escapar para onde os ecos do sofrimento humano não o alcançassem mais. Não porque subitamente cessasse de crer em sua missão – era iluminado demais para ser um cético –, mas porque a morte pelos outros é mais difícil de suportar do que a própria morte. Jesus sofreu a crucificação, porque sabia que suas idéias só poderiam triunfar mediante seu próprio sacrifício.

As pessoas dizem: para acreditarmos em ti, precisas renunciar a tudo o que é teu e também a ti mesmo. Querem tua morte como garantia da autenticidade de tuas crenças. Por que admiram as obras escritas com sangue? Porque essas obras lhes poupam qualquer sofrimento, ao mesmo tempo em que preservam a ilusão do sofrimento. Querem enxergar o sangue e as lágrimas por trás de tuas linhas. A admiração da massa é sádica.

Não tivesse Jesus perecido na cruz, e a cristandade não haveria triunfado. Os mortais duvidam de tudo, exceto da morte. A morte de Cristo foi para eles a prova cabal da validade dos princípios cristãos. Jesus poderia ter escapado facilmente à crucificação ou poderia ter se rendido ao demônio! Aquele que não fez um pacto com o demônio não deveria viver, porquanto o demônio simboliza a vida mais do que Deus. Se tenho do que me lamentar, é que o demônio raramente me tentou... mas também Deus não me amou. Os cristãos ainda não entenderam que Deus está mais distante deles do que eles de Deus. Posso perfeitamente imaginar a Deus se aborrecendo com os homens, que sabem apenas implorar, exasperado com a trivialidade de sua criação, igualmente desgostoso tanto do céu quanto da terra. E o vejo em fuga para o nada, tal como Jesus escapando da cruz... O que teria acontecido se os soldados romanos houvessem atendido à súplica de Jesus, se o tivessem descido da cruz e o tivessem deixado escapar? Certamente ele não iria para outra parte do mundo a fim de rezar, mas apenas para morrer, sozinho, fora da simpatia ou das lágrimas do povo. E, mesmo supondo que, pelo seu orgulho, ele não implorou por liberdade, acho difícil crer que esse pensamento não o tenha obsedado. Ele deve ter acreditado verdadeiramente que era o filho de Deus. Não obstante sua crença, ele não teria como não duvidar ou não ser tomado pelo medo da morte na hora de seu sacrifício supremo. Na cruz, Jesus teve momentos em que, se não duvidou de que era o filho de Deus, se arrependeu disso. Aceitou a morte unicamente para que suas idéias triunfassem.

Pode muito bem ser que Jesus fosse mais simples do que o imagino, que tivesse menos dúvidas e menos pesares, pois duvidou de sua origem divina apenas na hora da morte. Nós, por outro lado, temos tantas dúvidas e arrependimentos que nenhum de nós, sequer, ousaria sonhar ser o filho de um deus. Odeio Jesus pelas suas pregações, pela sua moralidade, pelas suas idéias e sua fé. Amo-o pelos seus momentos de dúvida e pesar, os únicos realmente trágicos de sua vida, embora não os mais interessantes nem os mais dolorosos, pois, se tivéssemos de julgar pelos sofrimentos, quantos outros antes dele não teriam sido mais dignos de serem chamados de filhos de Deus!

[Vídeo] A Cegonha é o pássaro da guerra

A Cegonha é o pássaro simbolo da GUERRA...

Comprovem assistindo o video

Mais informações em:

VHEMT

[Fragmentos] Como relacionar regras absolutas

Como co-relacionar mais de um sistema absolutista?

“O problema mais gritante de sistemas absolutistas, como os Dez Mandamentos, é que, quando há mais de uma regra absoluta, torna-se possível o surgimento de conflitos entre elas. Assim, poder-se-ia perguntar se é algo apropriado assassinar para prevenir um roubo. É permitido roubar para prevenir um assassinato? Deveríamos mentir se tivéssemos uma boa razão para acreditar que a verdade faria com que o indivíduo morresse de ataque cardíaco? É apropriado mentir para evitar ser assassinado? É lícito quebrar o sábado santo para salvar a vida de alguém? Seria correto roubarmos um carro se soubéssemos que isso evitaria que seu dono trabalhasse no sábado santo ou matasse alguém? Deveríamos honrar a vontade de nossos pais se eles nos pedissem para quebrar algum dos outros mandamentos? Deveríamos roubar nossos pais se, ao fazê-lo, talvez estivéssemos prevenindo um assassinato? Todos tipos de dilema como esses são possíveis. (...) Isso demonstra que não podemos viver baseados em princípios absolutos e abstratos. Precisamos relacioná-los à vida e às necessidades humanas.”

Frederick Edword

[Video] Earthlings

Distribuição da culpa:

Nada contra os carnívoros (Sou um deles), nada contra as pessoas que usam couro e pele de animais (Sou uma delas), porém é necessário que as pessoas que o fazem, tenham consciência de como a carne que ingerem e as roupas e acessórios que usam são produzidos.

É muito fácil ser carnívoro, usar um jaquetão de couro enquanto se vive na cômoda e alegre ignorância...

Mas o mundo não é bonito, não é limpo e muito menos justo.

Se quiserem continuar sendo carnívoros, indo a rodeios e circos, usando couro...Que percam a vantagem da ingenuidade e inconsciência e o façam consciente das atrocidades que são causadas por esses hábitos...

Que a culpa que sinto ao comer um bife seja compartilhada com todos, se não tenho o direito a ignorância salutar também não vou da-lo a outrem

Earthlings:

Earthlings (Terráqueos, em português) é um documentário estadunidense de 2005, escrito, produzido e dirigido por Shaun Monson e co-produzido por Persia White.

É narrado pelo ator e ativista dos direitos animais Joaquin Phoenix, que também é vegano e membro da PETA, maior organização de defesa dos direitos animais do mundo. A trilha sonora foi composta exclusivamente para o documentário pelo músico Moby.

Sinopse:

O filme mostra como funcionam as fazendas industriais e relata a dependência da humanidade sobre os animais para obter alimentação, vestuário e diversão, além do uso em experimentos científicos. Compara o especismo da espécie humana com outras relações de dominação, como o racismo e o sexismo.

Informações sobre o filme:

O filme faz estudo detalhado das lojas de animais, das fábricas de filhotes e dos abrigos para animais, assim como das fazendas industriais, do comércio de peles e de couro, das indústrias da diversão e esportes, e finalmente, do uso médico e científico.

Terráqueos usa câmeras escondidas para detalhar as práticas diárias de algumas das maiores indústrias do mundo, todas visando o lucro com os animais.

O documentário levou cinco anos para ser produzido e, o que começou como uma série de uma campanha de conscientização pública sobre castração de animais de estimação, se tornou um longa-metragem que buscou tratar de cada tema principal relacionado com os animais.

Shaun Monson começou as filmagens para as campanhas de conscientização na Califórnia, no Estados Unidos. Assim que as filmagens terminaram, Monson passou a se interessar por outras áreas correlatas, como alimentação e pesquisa científica. Nesse meio tempo, ele acumulou uma pequena biblioteca, colhida em várias organizações, e começou a escrever um roteiro.

Assistam:

[Filosofia] A Arrogância da Oração

A Arrogância da Oração

Autor: Emile Michel Cioran
Tradução: Jose Thomaz Brum
Fonte:
Breviário de Decomposição

Quando se chega ao limite do monólogo, aos confins da solidão, inventa-se – na falta de outro interlocutor – Deus, pretexto supremo de diálogo. Enquanto o nomeias, tua demência está bem disfarçada e... tudo te é permitido. O verdadeiro crente mal se distingue do louco; mas sua loucura é legal, admitida; acabaria em um asilo se suas aberrações estivessem livres de toda fé. Mas Deus as cobre, as torna legítimas. O orgulho de um conquistador empalidece comparado à ostentação do devoto que dirige-se ao Criador. Como se pode ser tão atrevido? E como poderia ser a modéstia uma virtude dos templos, quando uma velha decrépita, que imagina o Infinito a seu alcance, eleva-se pela oração a um nível de audácia ao qual nenhum tirano jamais aspirou?

Sacrificaria o império do mundo por um só momento em que minhas mãos juntas implorassem ao grande Responsável de nossos enigmas e de nossas banalidades. Entretanto, esse momento constitui a qualidade corrente – e como que o tempo oficial – de qualquer crente. Mas quem é verdadeiramente modesto repete a si mesmo: “Demasiado humilde para rezar, demasiado inerte para transpor o limiar de uma igreja, resigno-me à minha sombra e não quero uma capitulação de Deus ante minhas orações”. E aos que lhe propõem a imortalidade, responde: “Meu orgulho não é inesgotável: seus recursos são limitados. Pensam, em nome da fé, vencer seu eu; na realidade, desejam perpetuá-lo na eternidade, pois não lhes basta esta duração presente. Sua soberba excede em refinamento todas as ambições do século. Que sonho de glória, comparado ao seu, não se revela engano e vã ilusão? Sua fé é apenas um delírio de grandeza tolerado pela comunidade, porque utiliza caminhos camuflados; mas seu pó é sua única obsessão: gulosos do intemporal, perseguem o tempo que o dispersa. Só o além é bastante espaçoso para suas cobiças; a terra e seus instantes parecem demasiado frágeis. A megalomania dos conventos supera tudo o que jamais imaginaram as febres suntuosas dos palácios. Quem não admite sua nulidade é um doente mental. E o crente, entre todos, é o menos disposto a consentir. A vontade de durar, levada até tal ponto, apavora-me. Recuso-me à sedução malsã de um Eu indefinido. Quero chafurdar-me em minha mortalidade. Quero permanecer normal.”

(Senhor, dá-me a faculdade de jamais rezar, poupa-me a insanidade de toda adoração, afasta de mim essa tentação de amor que me entregaria para sempre a Ti. Que o vazio se estenda entre meu coração e o céu! Não desejo ver meus desertos povoados com Tua presença, minhas noites tiranizadas por Tua luz, minhas Sibérias fundidas sob Teu sol. Mais solitário do que Tu, quero minhas mãos puras, ao contrário das Tuas que sujaram-se para sempre ao modelar a terra e ao misturar-se nos assuntos do mundo. Só peço à Tua estúpida onipotência respeito para minha solidão e meus tormentos. Não tenho nada a fazer com Tuas palavras. Concede-me o milagre recolhido antes do primeiro instante, a paz que Tu não pudeste tolerar e que Te incitou a abrir uma brecha no nada para inaugurar esta feira dos tempos, e para condenar-me assim ao universo, à humilhação e à vergonha de existir.)

quarta-feira, junho 27, 2007

[Video] Where You Can't Follow - Horrorpops

Where You Can't Follow

Horrorpops

I won't stay here no more
Gone where you can't follow
I know what i saw
Im choosing the door

I'm briefing you shortly
You're gonna lose
No matter how you try
Your just gonna abuse
Your last breath
I've been watching you mind
You've only been working
On another me
A smiling female machine
So you can love me more

You can kneel and cry
And tell me why
But it's not gonna change
{i can} feel these tears so clear
When i close my eyes
Burned in my conscience
Is the two of you
Close enough- but not too close
I saw you both
And my heart burned

[Poesia] Madrigal Triste

(Vampire, 1893-4 de E. Munch)

Madrigal triste


I

Que m'importe que tu sois sage ?
Sois belle ! et sois triste ! Les pleurs
Ajoutent un charme au visage,
Comme le fleuve au paysage ;
L'orage rajeunit les fleurs.


Je t'aime surtout quand la joie
S'enfuit de ton front terrassé ;
Quand ton coeur dans l'horreur se noie ;
Quand sur ton présent se déploie
Le nuage affreux du passé.


Je t'aime quand ton grand oeil verse
Une eau chaude comme le sang ;
Quand, malgré ma main qui te berce,
Ton angoisse, trop lourde, perce
Comme un râle d'agonisant.


J'aspire, volupté divine !
Hymne profond, délicieux !
Tous les sanglots de ta poitrine,
Et crois que ton coeur s'illumine
Des perles que versent tes yeux !


II


Je sais que ton coeur, qui regorge
De vieux amours déracinés,
Flamboie encor comme une forge,
Et que tu couves sous ta gorge
Un peu de l'orgueil des damnés ;


Mais tant, ma chère, que tes rêves
N'auront pas reflété l'Enfer,
Et qu'en un cauchemar sans trêves,
Songeant de poisons et de glaives,
Eprise de poudre et de fer,

N'ouvrant à chacun qu'avec crainte,
Déchiffrant le malheur partout,
Te convulsant quand l'heure tinte,
Tu n'auras pas senti l'étreinte
De l'irrésistible Dégoût,


Tu ne pourras, esclave reine
Qui ne m'aimes qu'avec effroi,
Dans l'horreur de la nuit malsaine,
Me dire, l'âme de cris pleine :
" Je suis ton égale, Ô mon Roi ! "


(Recueil : Les fleurs du mal)

sábado, junho 23, 2007

[Aforismos] Onde estão os deuses mortos?

(A Deposição de Cristo, Caravaggio)

“Onde fica o cemitério dos deuses mortos?

Algum enlutado ainda regará as flores de seus túmulos?

Houve uma época em que Júpiter era o rei dos deuses, e qualquer homem que duvidasse de seu poder era ipso facto um bárbaro ou um quadrúpede. Haverá hoje um único homem no mundo que adore Júpiter?

E que fim levo Huitzilopochtli? Em um só ano – e isto foi há apenas cerca de quinhentos anos – 50 mil rapazes e moças foram mortos em sacrifício a ele. Hoje, se alguém se lembra dele, só pode ser um selvagem errante perdido nos cafundós da floresta mexicana.

Falando em Huitzilopochtli, logo vem à memória seu irmão Tezcatilpoca. Tezcatilpoca era quase tão poderoso: devorava 25mil virgens por ano. Levem-me a seu túmulo: prometo chorar e depositar uma couronne des perles. Mas quem sabe onde fica? (...)

Arianrod, Nuada, Argetlam, Morrigu, Tagd, Govannon, Goibniu, Gunfled, Odim, Dagda, Ogma, Ogurvan, Marzin, Dea Dia, Marte, Iuno Lucina, Diana de Éfeso, Saturno, Robigus, Furrina, Plutão, Cronos, Vesta, Engurra, Zer-panitu, Belus, Merodach, Ubililu, Elum, U-dimmer-an-kia, Marduk, U-sab-sib, Nin, U-Mersi, Perséfone, Tammuz, Istar, Vênus, Lagas , Belis, Nirig, Nusku, Nebo, Aa, En-Mersi, Sin, Assur, Apsu, Beltu, Elali, Kusky-banda, Mami, Nin-azu, Zaraqu, Qarradu, Zagaga, Ueras.

Peça ao seu vigário que lhe empreste um bom livro sobre religião comparada: você encontrará todos eles devidamente listados. Todos foram deuses da mais alta dignidade – deuses de povos civilizados –, adorados e venerados por milhões. Todos eram onipotentes, oniscientes e imortais.

E todos estão mortos.”

H. L. Mencken

sexta-feira, junho 22, 2007

[Vídeo] Nietzsche - Vida e Obra

Esse vídeo apresenta apresenta um apanhado geral sobre a Vida e Obra de Nietzsche, o encontrei por intermédio de um post na comunidade Filosofia-UFMT, muito bem elaborado.

Postarei abaixo as informações que consegui encontrar sobre os autores, caso algum dado esteja incorreto, podem me avisar que eu retifico o engano.

Dados sobre o video:

Trabalho de Sociologia

Profº José Roberto

Voz/Edição: Rogério Souza

Pesquisa: Cândido Jr., José Jr., Newton Neto, Rodolfo Carvalho, Rogério Souza.

[Pessoal] Como saber se gosto de você.

(Virgílio recitando a Eneida a Augusto
Pintura de Jean August Diminique Ingres)

Certas pessoas dizem que por eu ser dissimulado e um tanto quanto manipulador é extremamente dificil saber o que realmente penso e se realmente gosto das pessoas ou estou fingindo...
Fiquei ruminando isso um tempo e acabei por perceber que há uma maneira fácil de saber se eu gosto das pessoas ou não, quase ninguém percebe, mas conversando com amigos antigos e perguntando se eu realmente fazia tais coisas, as minhas suposições se fizeram verdadeiras...

Como saber se eu gosto de você?

Imaginem a seguinte cena... Eu (Barata) estou em algum lugar hipotético, sentado, conversando com alguns amigos em volta e VOCÊ(Pessoa que quer saber se eu gosto ou não) acabou de chegar no local e está na hora dos comprimentos...

Vamos as minhas reações:

*Não levanto, não olho na sua cara e não lhe estendo a mão.
(NÃO GOSTO DE VOCÊ, e se ficar bobeando na minha frente é bem provável que eu parta para agressão física)

*Não levanto, lhe estendo a mão, mas não olho na sua cara.
(Não gosto de você, mas é provavel que não lhe "meta a mão na cara" por termos amigos em comum ou algum motivo do gênero)

*Não levanto, lhe estendo a mão e olho na sua cara.
(Não gosto de você, mas você não fede nem cheira, portanto, até converso amigavelmente)

*Não levanto, lhe estendo a mão, cubro ela com a outra e olho na sua cara .
(Até gosto de você, mas nada mais do que gosto de animais de rua, e gosto mais DELES)

*Levanto, estendo a mão e olho na sua cara.
(Gosto de você, mas não temos intimidade e você logo pode ser rebaixado de categoria)

*Levanto, lhe estendo a mão, cubro ela com a outra e olho na sua cara.
(Gosto de você, e mesmo não tendo intimidade vc tem grande potencial em consegui-la)

*Levanto e lhe estendo a mão.
(Gosto de você, e mesmo nao tendo intimidade está a um passo de te-la)

*Levanto e lhe abraço.
(Gosto muito de vc e já temos certa intimidade e liberdade um com o outro)

*Levanto, vou até vc e lhe abraço.
(Gosto muito de vc, mais do que da grande maioria e lhe considero um bom amigo)

*Levanto, vou até vc, lhe abraço e lhe beijo o rosto.
(Realmente gosto de você, lhe considero muito amigo e provavelmente me machucaria muito por você)

-Os últimos dois itens estão quase no mesmo patamar, já que tem pessoas que aceitam ser beijadas no rosto e outras que não gostam.

Me surpreendo as vezes como temos reações tão significantes e não percebemos, eu mesmo, tive que fazer retrospectiva para me aperceber disso...

[Filosofia] O que é Esclarecimento?

Estamos estudando nas aulas de Introdução a Filosofia o texto O que é Esclarecimento? de Kant e para ter maior acesso a ele, discutir sobre com as pessoas e mesmo dividi-lo com quem tiver interesse, resolvi posta-lo aqui no Blog.

Resposta à pergunta: O que é esclarecimento?

de Immanuel Kant
(1784)
Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento [Aufklärung].


A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha (naturaliter maiorennes), continuem no entanto de bom grado menores durante toda a vida. São também as causas que explicam por que é tão fácil que os outros se constituam em tutores deles. É tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu entendimento, um diretor espiritual que por mim tem consciência, um médico que por mim decide a respeito de minha dieta, etc., então não preciso esforçar-me eu mesmo. Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis. A imensa maioria da humanidade (inclusive todo o belo sexo) considera a passagem à maioridade difícil e além do mais perigosa, porque aqueles tutores de bom grado tomaram a seu cargo a supervisão dela. Depois de terem primeiramente embrutecido seu gado doméstico e preservado cuidadosamente estas tranqüilas criaturas a fim de não ousarem dar um passo fora do carrinho para aprender a andar, no qual as encerraram, mostram-lhes em seguida o perigo que as ameaça se tentarem andar sozinhas. Ora, este perigo na verdade não é tão grande, pois aprenderiam muito bem a andar finalmente, depois de algumas quedas. Basta um exemplo deste tipo para tornar tímido o indivíduo e atemorizá-lo em geral para não fazer outras tentativas no futuro.


É difícil portanto para um homem em particular desvencilhar-se da menoridade que para ele se tornou quase uma natureza. Chegou mesmo a criar amor a ela, sendo por ora realmente incapaz de utilizar seu próprio entendimento, porque nunca o deixaram fazer a tentativa de assim proceder. Preceitos e fórmulas, estes instrumentos mecânicos do uso racional, ou antes do abuso, de seus dons naturais, são os grilhões de uma perpétua menoridade. Quem deles se livrasse só seria capaz de dar um salto inseguro mesmo sobre o mais estreito fosso, porque não está habituado a este movimento livre. Por isso são muitos poucos aqueles que conseguiram, pela transformação do próprio espírito, emergir da menoridade e empreender então uma marcha segura.


Que, porém, um público se esclareça [aufkläre] a si mesmo é perfeitamente possível; mais que isso, se lhe for dada a liberdade, é quase inevitável. Pois encontrar-se-ão sempre alguns indivíduos capazes de pensamento próprio, até entre os tutores estabelecidos da grande massa, que, depois de terem sacudido de si mesmos o jugo da menoridade, espalharão em redor de si o espírito de uma avaliação racional do próprio valor e da vocação de cada homem em pensar por si mesmo. O interessante nesse caso é que o público, que anteriormente foi conduzido por eles a este jugo, obriga-os daí em diante a permanecer sob ele, quando é levado a se rebelar por alguns de seus tutores que, eles mesmos, são incapazes de qualquer esclarecimento [Aufklärung]. Vê-se assim como é prejudicial plantar preconceitos, porque terminam por se vingar daqueles que foram seus autores ou predecessores destes. Por isso, um público só muito lentamente pode chegar ao esclarecimento [Aufklärung]. Uma revolução poderá talvez realizar a queda do despotismo pessoal ou da opressão ávida de lucros ou de domínios, porém nunca produzirá a verdadeira reforma do modo de pensar. Apenas novos preconceitos, assim como os velhos, servirão como cintas para conduzir a grande massa destituída de pensamento.


Para este esclarecimento [Aufklärung] porém nada mais se exige senão LIBERDADE. E a mais inofensiva entre tudo aquilo que se possa chamar liberdade, a saber: a de fazer um uso público de sua razão em todas as questões. Ouço, agora, porém, exclamar de todos os lados: não raciocineis! O oficial diz: não raciocineis, mas exercitai-vos! O financista exclama: não raciocinei, mas pagai! O sacerdote proclama: não raciocineis, mas crede! (Um único senhor no mundo diz: raciocinai, tanto quanto quiserdes, e sobre o que quiserdes, mas obedecei!). Eis aqui por toda a parte a limitação da liberdade. Que limitação, porém, impede o esclarecimento [Aufklärung]? Qual não o impede, e até mesmo favorece? Respondo: o uso público de sua razão deve ser sempre livre e só ele pode realizar o esclarecimento [Aufklärung] entre os homens. O uso privado da razão pode, porém, muitas vezes ser muito estreitamente limitado, sem contudo por isso impedir notavelmente o progresso do esclarecimento [Aufklärung]. Entendo, contudo, sob o nome de uso público de sua própria razão aquele que qualquer homem, enquanto SÁBIO, faz dela diante do grande público do mundo letrado. Denomino uso privado aquele que o sábio pode fazer de sua razão em um certo cargo público ou função a ele confiado. Ora, para muitas profissões que se exercem no interesse da comunidade, é necessário um certo mecanismo, em virtude do qual alguns membros da comunidade devem comportar-se de modo exclusivamente passivo para serem conduzidos pelo governo, mediante uma unanimidade artificial, para finalidades públicas, ou pelo menos devem ser contidos para não destruir essa finalidade. Em casos tais, não é sem dúvida permitido raciocinar, mas deve-se obedecer. Na medida, porém, em que esta parte da máquina se considera ao mesmo tempo membro de uma comunidade total, chegando até a sociedade constituída pelos cidadãos de todo o mundo, portanto na qualidade de sábio que se dirige a um público, por meio de obras escritas de acordo com seu próprio entendimento, pode certamente raciocinar, sem que por isso sofram os negócios a que ele está sujeito em parte como membro passivo. Assim, seria muito prejudicial se um oficial, a que seu superior deu uma ordem, quisesse pôr-se a raciocinar em voz alta no serviço a respeito da conveniência ou da utilidade dessa ordem. Deve obedecer. Mas, razoavelmente, não se lhe pode impedir, enquanto homem versado no assunto, fazer observações sobre os erros no serviço militar, e expor essas observações ao seu público, para que as julgue. O cidadão não pode se recusar a efetuar o pagamento dos impostos que sobre ele recaem; até mesmo a desaprovação impertinente dessas obrigações, se devem ser pagas por ele, pode ser castigada como um escândalo (que poderia causar uma desobediência geral). Exatamente, apesar disso, não age contrariamente ao dever de um cidadão se, como homem instruído, expõe publicamente suas idéias contra a inconveniência ou a injustiça dessas imposições. Do mesmo modo também o sacerdote está obrigado a fazer seu sermão aos discípulos do catecismo ou à comunidade, de conformidade com o credo da Igreja a que serve, pois foi admitido com esta condição. Mas, enquanto sábio, tem completa liberdade, e até mesmo o dever, de dar conhecimento ao público de todas as suas idéias, cuidadosamente examinadas e bem intencionadas, sobre o que há de errôneo naquele credo, e expor suas propostas no sentido da melhor instituição da essência da religião e da Igreja. Nada existe aqui que possa constituir um peso na consciência. Pois aquilo que ensina em decorrência de seu cargo como funcionário da Igreja, expõe-no como algo em relação ao qual não tem o livre poder de ensinar como melhor lhe pareça, mas está obrigado a expor segundo a prescrição de um outro e em nome deste. Poderá dizer: nossa igreja ensina isto ou aquilo; estes são os fundamentos comprobatórios de que ela se serve.


Tira então toda utilidade prática para sua comunidade de preceitos que ele mesmo não subscreveria com inteira convicção, em cuja apresentação pode contudo se comprometer, porque não é de todo impossível que em seus enunciados a verdade esteja escondida. Em todo caso, porém, pelo menos nada deve ser encontrado aí que seja contraditório com a religião interior. Pois se acreditasse encontrar esta contradição não poderia em sã consciência desempenhar sua função, teria de renunciar. Por conseguinte, o uso que um professor empregado faz de sua razão diante de sua comunidade é unicamente um uso privado, porque é sempre um uso doméstico, por grande que seja a assembléia. Com relação a esse uso ele, enquanto padre, não é livre nem tem o direito de sê-lo, porque executa uma incumbência estranha. Já como sábio, ao contrário, que por meio de suas obras fala para o verdadeiro público, isto é, o mundo, o sacerdote, no uso público de sua razão, goza de ilimitada liberdade de fazer uso de sua própria razão e de falar em seu próprio nome. Pois o fato de os tutores do povo (nas coisas espirituais) deverem ser eles próprios menores constitui um absurdo que dá em resultado a perpetuação dos absurdos.


Mas não deveria uma sociedade de eclesiásticos, por exemplo, uma assembléia de clérigos, ou uma respeitável classe (como a si mesma se denomina entre os holandeses) estar autorizada, sob juramento, a comprometer-se com um certo credo invariável, a fim de por este modo de exercer uma incessante supertutela sobre cada um de seus membros e por meio dela sobre o povo, e até mesmo a perpetuar essa tutela? Isto é inteiramente impossível, digo eu. Tal contrato, que decidiria afastar para sempre todo ulterior esclarecimento [Aufklärung] do gênero humano, é simplesmente nulo e sem validade, mesmo que fosse confirmado pelo poder supremo, pelos parlamentos e pelos mais solenes tratados de paz. Uma época não pode se aliar e conjurar para colocar a seguinte em um estado em que se torne impossível para esta ampliar seus conhecimentos (particularmente os mais imediatos), purificar-se dos erros e avançar mais no caminho do esclarecimento [Aufklärung]. Isto seria um crime contra a natureza humana, cuja determinação original consiste precisamente neste avanço. E a posteridade está, portanto, plenamente justificada em repelir aquelas decisões, tomadas de modo não autorizado e criminoso. Quanto ao que se possa estabelecer como lei para um povo, a pedra de toque está na questão de saber se um povo se poderia ter ele próprio submetido a tal lei. Seria certamente possível, como se à espera de lei melhor, por determinado e curto prazo, e para introduzir certa ordem. Ao mesmo tempo, se franquearia a qualquer cidadão, especialmente ao de carreira eclesiástica, na qualidade de sábio, o direito de fazer publicamente, isto é, por meio de obras escritas, seus reparos a possíveis defeitos das instituições vigentes. Estas últimas permaneceriam intactas, até que a compreensão da natureza de tais coisas se tivesse estendido e aprofundado, publicamente, a ponto de tornar-se possível levar à consideração do trono, com base em votação, ainda que não unânime, uma proposta no sentido de proteger comunidades inclinadas, por sincera convicção, a normas religiosas modificadas, embora sem detrimento dos que preferissem manter-se fiéis às antigas. Mas é absolutamente proibido unificar-se em uma constituição religiosa fixa, de que ninguém tenha publicamente o direito de duvidar, mesmo durante o tempo de vida de um homem, e com isso por assim dizer aniquilar um período de tempo na marcha da humanidade no caminho do aperfeiçoamento, e torná-lo infecundo e prejudicial para a posteridade. Um homem sem dúvida pode, no que respeita à sua pessoa, e mesmo assim só por algum tempo, na parte que lhe incumbe, adiar o esclarecimento [Aufklärung]. Mas renunciar a ele, quer para si mesmo quer ainda mais para sua descendência, significa ferir e calcar aos pés os sagrados direitos da humanidade. O que, porém, não é lícito a um povo decidir com relação a si mesmo, menos ainda um monarca poderia decidir sobre ele, pois sua autoridade legislativa repousa justamente no fato de reunir a vontade de todo o povo na sua. Quando cuida de toda melhoria, verdadeira ou presumida, coincida com a ordem civil, pode deixar em tudo o mais que seus súditos façam por si mesmos o que julguem necessário fazer para a salvação de suas almas. Isto não lhe importa, mas deve apenas evitar que um súdito impeça outro por meios violentos de trabalhar, de acordo com toda sua capacidade, na determinação e na promoção de si. Causa mesmo dano a sua majestade quando se imiscui nesses assuntos, quando submete à vigilância do seu governo os escritos nos quais seus súditos procuram deixar claras suas concepções. O mesmo acontece quando procede assim não só por sua própria concepção superior, com o que se expõe à censura: Ceaser non est supra grammaticos, mas também e ainda em muito maior extensão, quando rebaixa tanto seu poder supremo que chega a apoiar o despotismo espiritual de alguns tiranos em seu Estado contra os demais súditos.


Se for feita então a pergunta: “vivemos agora uma época esclarecida [aufgeklärten]”?, a resposta será: “não, vivemos em uma época de esclarecimento [Aufklärung]. Falta ainda muito para que os homens, nas condições atuais, tomados em conjunto, estejam já numa situação, ou possam ser colocados nela, na qual em matéria religiosa sejam capazes de fazer uso seguro e bom de seu próprio entendimento sem serem dirigidos por outrem. Somente temos claros indícios de que agora lhes foi aberto o campo no qual podem lançar-se livremente a trabalhar e tornarem progressivamente menores os obstáculos ao esclarecimento [Aufklärung] geral ou à saída deles, homens, de sua menoridade, da qual são culpados. Considerada sob este aspecto, esta época é a época do esclarecimento [Aufklärung] ou o século de Frederico.


Um príncipe que não acha indigno de si dizer que considera um dever não prescrever nada aos homens em matéria religiosa, mas deixar-lhes em tal assunto plena liberdade, que portanto afasta de si o arrogante nome de tolerância, é realmente esclarecido [aufgeklärt] e merece ser louvado pelo mundo agradecido e pela posteridade como aquele que pela primeira vez libertou o gênero humano da menoridade, pelo menos por parte do governo, e deu a cada homem a liberdade de utilizar sua própria razão em todas as questões da consciência moral. Sob seu governo os sacerdotes dignos de respeito podem, sem prejuízo de seu dever funcional expor livre e publicamente, na qualidade de súditos, ao mundo, para que os examinasse, seus juízos e opiniões num ou noutro ponto discordantes do credo admitido. Com mais forte razão isso se dá com os outros, que não são limitados por nenhum dever oficial. Este espírito de liberdade espalha-se também no exterior, mesmo nos lugares em que tem de lutar contra obstáculos externos estabelecidos por um governo que não se compreende a si mesmo. Serve de exemplo para isto o fato de num regime de liberdade a tranqüilidade pública e a unidade da comunidade não constituírem em nada motivo de inquietação. Os homens se desprendem por si mesmos progressivamente do estado de selvageria, quando intencionalmente não se requinta em conservá-los nesse estado.


Acentuei preferentemente em matéria religiosa o ponto principal do esclarecimento [Aufklärung], a saída do homem de sua menoridade, da qual tem a culpa. Porque no que se refere às artes e ciências nossos senhores não têm nenhum interesse em exercer a tutela sobre seus súditos, além de que também aquela menoridade é de todas a mais prejudicial e a mais desonrosa. Mas o modo de pensar de um chefe de Estado que favorece a primeira vai ainda além e compreende que, mesmo no que se refere à sua legislação, não há perigo em permitir a seus súditos fazer uso público de sua própria razão e expor publicamente ao mundo suas idéias sobre uma melhor compreensão dela, mesmo por meio de uma corajosa crítica do estado de coisas existentes. Um brilhante exemplo disso é que nenhum monarca superou aquele que reverenciamos.


Mas também somente aquele que, embora seja ele próprio esclarecido [aufgeklärt], não tem medo de sombras e ao mesmo tempo tem à mão um numeroso e bem disciplinado exército para garantir a tranqüilidade pública, pode dizer aquilo que não é lícito a um Estado livre ousar: raciocinais tanto quanto quiserdes e sobre qualquer coisa que quiserdes; apenas obedecei! Revela-se aqui uma estranha e não esperada marcha das coisas humanas; como, aliás, quando se considera esta marcha em conjunto, quase tudo nela é um paradoxo. Um grau maior de liberdade civil parece vantajoso para a liberdade de espírito do povo e, no entanto, estabelece para ela limites intransponíveis; um grau menor daquela dá a esse espaço o ensejo de expandir-se tanto quanto possa. Se, portanto, a natureza por baixo desse duro envoltório desenvolveu o germe de que cuida delicadamente, a saber, a tendência e a vocação ao pensamento livre, este atua em retorno progressivamente sobre o modo de sentir do povo (com o que este se torna capaz cada vez mais de agir de acordo com a liberdade), e finalmente até mesmo sobre os princípios do governo, que acha conveniente para si próprio tratar o homem, que agora é mais do que simples máquina, de acordo com a sua dignidade.

[Pessoal]Eu e a Vingança, a Vingança e Eu...

(Nêmesis, de Alfred Rethel (1837)

Hoje estou com preguiça de escrever e portanto recorri a Wikipédia(Afinal, rarissimas vezes conseguimos articular uma idéia que já não foi dita).

Porém antes da definição própriamente dita, necessito fazer um adendo.

Já a muito tempo que as pessoas percebem a minha inabilidade em esquecer injúrias, eu simplesmente não consigo "deixar barato", antes isso era raro, mas com o aumento da misantropia e ódio a maioria dos seres "ditos" humanos isso tem se tornado um problema...

Afinal, eu revido. Pode demorar, podem esquecer, mas tenham certeza, qualquer injúria será retaliada, por menor que seja, e com um intensidade MUITO maior do que a que foi causada.

Agora o problema... Me tornei uma pessoa extremamente ranzinza, irritadiça e mal-humorada, e esse ódio toma muito de meu tempo e energia, definitivamente eu preciso voltar a me tratar antes que alguém se machuque sériamente....DE NOVO...

Porém, até que eu realmente tome uma iniciativa verdadeira e consistente para o controle desses sentimentos, só uma coisa é certa...EU SEMPRE REVIDO...

Agora a definição prometida:

A Vingança consiste na retaliação contra uma pessoa ou grupo em resposta a algo que foi percebido ou sentido como prejudicial. Embora muitos aspectos da vingança possam lembrar o conceito de igualar as coisas, na verdade a vingança em geral tem um objetivo mais destrutivo do que construtivo. Quem busca vingança deseja forçar o outro lado a passar pelo que passou e/ou garantir que não seja capaz de repetir a ação nunca mais. A ética da vingança é acaloradamente debatida na filosofia. Alguns acreditam que ela é necessária para se manter uma sociedade justa.

Em algumas sociedades se acredita que o mal inflingido deve ser maior do que o mal que originou a vingança, como forma de punição. A filosofia de "olho por olho" citada no Velho Testamento da Bíblia (Exôdo 21:24) tentou limitar o dano causado, igualando ao original, para evitar uma série de ações violentas que escalassem rapidamente e saíssem do controle. Sobre as bases morais, psicológicas e culturais da vingança o filósofo Martha Nussbaum escreveu: "O senso primitivo do justo — notadamente constante de diversas culturas antigas a instituições modernas . . . — começa com a noção de que a vida humana . . . é uma coisa vulnerável, uma coisa que pode ser invadida, ferida, violada de diversas maneiras pelas açoes de outros. Para esta penetração, a única cura que parece apropriada é a contrainvasão, igualmente deliberada, igualmente grave.

[Video] This is your life

Aproveitando o ensejo do Dancem macacos, Dancem posto aqui o que deveria ser a oração de qualquer homem de bom senso ao acordar e partir para o cotidiano, um mantra a ser repetido diversas vezes.

(Cenas do filme Clube da Luta)

This Is Your Life
(tradução)
Dust Brothers

E você abre a porta e entra,
estamos dentro dos nossos corações
agora imagine que sua dor é uma bola branca de luz que cura
Isso mesmo,
sua dor, a dor em pessoa, é uma bola branca de luz que
cura
Acho que não

Esta é sua vida. Boa até a última gota
Melhor do que isso não pode ficar
Esta é sua vida que acaba um minuto por vez

Isto não é um seminário, nem um retiro de fim de
semana.

Em qualquer lugar que você estiver agora
você nem pode imaginar como será o fundo

Somente após um desastre podemos ser ressuscitados
Somente depois de você ter perdido tudo,
que você está livre para fazer o que quiser
Nada é estático, tudo está evoluindo

Esta é a sua vida, esta é a sua vida, esta é a sua
vida

Esta é a sua vida, ela não fica melhor do que é isso

Esta é a sua vida, esta é a sua vida, esta é a sua
vida

Esta é sua vida e ela está acabando um minuto por vez

Você não é um lindo e exclusivo floco de neve
Você não é o santo para ganhar ou melhorar como tudo
mais
Todos fazemos parte do mesmo resíduo orgânico
Nós somos todo o lixo do mundo que canta e dança
Você não é sua conta bancaria
Você não é as roupas que usa
Você não é o conteúdo da sua carteira
Você não é seu câncer de intestino
Você não é seu café com leite
Você não é o carro que dirige
Você não é seu maldito Khakeis

Você precisa desistir (2x)

Você precisa perceber que vai morrer algum dia
até você saber disso, você é inútil
Eu digo, nunca me deixe ser completo
Eu digo, eu posso nunca ser contente?
Eu digo, livre-me dos meus móveis suecos
Eu digo, livre-me de pele clara e dentes perfeitos
eu digo que você tem que desistir
Eu digo, evolua e deixe os tropeços caírem onde eles
foram feitos

Esta é a sua vida, esta é a sua vida, esta é a sua
vida
Esta é a sua vida, ela não fica melhor do que é isso
Esta é a sua vida, esta é a sua vida, esta é a sua
vida
Esta é sua vida, desperdiçando um minuto por vez

Você precisa desistir

Bem-vindo ao Clube da Luta
Se essa é a sua primeira noite, você tem que lutar

tradução: Rafael Robinson (Kazama)

[Video] Dancem macacos, dancem



Um video que deveria ser assistido todos os dias por todas as pessoas assim que acordassem...

Talvez o mundo tivesse salvação se as pessoas percebecem sua pequenês, insiguinificância, e condicionamentos...

quarta-feira, junho 20, 2007

[Caos] Deus Joga Dados Com o Mundo

Deus Joga Dados Com o Mundo

Uma Apologia à Masturbação Intelectual com Base em Algumas (in)Verdades Místicas

por Eduardo Pinheiro, 1995

1 - Das falácias, da blasfêmia, da estupidez e da razão

Heisenberg colocou um ponto final (pelo menos até o presente momento) com relação à impossibilidade de qualquer compreensão final de nosso Universo, de suas leis e motivações. Não foi surpresa o fato de que Einstein não tenha aceitado esse fato até o fim de sua vida, apesar de que ele próprio tenha sido o principal motivador da teoria quântica. Einstein acordou o mundo para a obviedade de que qualquer objeto observado é "alterado" pela própria observação, ou seja, o fato que era óbvio para qualquer artista ficou confirmado pela ciência. Nenhum ponto de vista é absoluto e mesmo a observação puramente científica acaba por ser pessoal.

Com a mecânica quântica ficou provado que nada pode ser fielmente observado em seu estado natural e que qualquer observação adiante deveria se basear em estatísticas incertas e hipóteses paradoxais. Isso doeu para quem considerava a ciência como base para a organização social, e para o próprio aperfeiçoamento pessoal.

Mas Einstein não admitiu que a "Mente de Deus" não fosse matemática. Que a mente de Deus fosse "impura" e irregular. Enfim, que deus não fosse Inteligente.

Alguns Conceitos:

Inteligência é a capacidade de resolver problemas. Assim, de saída, um ser onipresente e onipotente não deve ser inteligente, pois não há o que resolver e o que compreender, já que abrange tudo. (Mesmo num sistema não -panteísta... Onde quer que se clame onipotência para Deus ele deve ser considerado um ser irracional.) Inteligência é necessidade de um ser imperfeito, para lidar com um determindado ambiente. É ferramenta de sobrevivência. Assim também é a razão, parcela lógica que nos permite discernir o Bem do Mal.

O Bem e o Mal são estados que o homem percebe como favoráveis ou desfavoráveis ao seu desenvolvimento. Assim, enquanto indivíduo selvagem, ele vê o Mal na natureza, com suas paradoxais beleza e horror mixados. Para isto ele cria um mecanismo esperto de sobrevivência, a sociedade, que elimina grande parte dos "males" da vida em contato direto com a natureza. Assim, via inteligência, ele desenvolve abrigo, armazenamento, moral, produção, família, direito, ciência, etc...

Artefatos como estes servem a para proteger o homem da natureza, para defendê-lo tanto de seus próprios aspectos internos animais como do clima, por exemplo.

Assim, um Deus desse tipo está, certamente, acima disto, pois está acima da natureza, criada por Ele.

Criador e Criação:

Causa e Efeito na física clássica eram bem facilmente compreendidas por qualquer um. Em física moderna as coisas se complicam pelas novas noções de tempo e espaço.

O Tempo, é uma parte de nossa consciência que coloca as coisas em determinada ordem, assim como a noção de "espaço" separa as coisas e os objetos para que possam ser processados por nosso diminuto cérebro e assim possam gerar reações. Os fatos em sequência (assim como o espaço e a matéria) são, em verdade, "ilusões" (são nossa única realidade possível, seriam ilusões se fosse possível vê-los de fora) causadas por nosso cérebro para permitir mecanismos de sobrevivência. Assim, um Deus Criador estaria acima do Tempo, da Matéria e do Espaço, que seriam maneiras dos homens, como seres limitados, entenderem o mundo. (As próprias leis da termodinâmica são convenções arbitrárias, e relativas, em última análise.) Na verdade, a prova da existência de Deus como simples causa e efeito é extremamente pobre. Se se vai dizer que Deus é eterno e que ele resolveu criar o Universo (O Universo precisa ser criado, Deus não!) é fatal que se confundam as coisas, visto que seria mais simples dizer que Deus é o Universo e que ambos são eternos, não precisando, dessa forma, serem criados.

Daí advém uma questão maior, a da criação da consciência individual.

Com a "criação" de um indivíduo se cria todo um novo pequeno Universo que é baseado nas experiências intransferíveis do ser consciente. Não faz sentido dizer que os seres foram criados iguais e que uns se desenvolveram mais do que os outros, isso é besteira clara se se olha o tempo como feito humano e não divino. Para um Deus Criador não existiria "Ser atrasado" e "Ser adiantado", Ele já teria visto o início, o fim e o meio.

A própria noção de "progresso" é humana.

O Universo não progride, não têm início nem fim, muito menos finalidade. Ou, se tem, não é do escopo do homem perceber isso. Existe, talvez, um ciclo, a respiração do Brahma, como quiser. Mas não existe resultado final. (Leia-se sobre o ciclo da entropia no Universo, a relação da vida com a entropia.)

Os seres são criados diferentes. Melhores ou piores, defeituosos ou virtuosos. Não existe tal coisa como Bom Deus. Deus, se Ele existe nesse tipo de concepção, está acima disso. Ele cria o gênio e o retardado com propósitos, talvez, só pertinentes a ele.

Se o que é Bom para Deus não é necessariamente bom para o homem, como se comporta o contrário? O que é Bom para o homem deve ser intrínsecamente bom para Deus. Assim, o propósito da criação do homem não é jamais explicada, mas fica claro que as Vontades dos homens são a Vontade do criador. As leis básicas são gravadas qual que biológicamente nas criaturas. Elas preenchem a Vontade Divina na medida que preenchem suas Vontadezinhas criadas. Paradoxalmente, como no taoísmo, o livre-arbítrio só existe quando seguimos o "Tao" (Caminho), ou seja, "A Vontade de Deus". Sistemas inclusive pregam que no momento em que as vontades se unificam não há razão para considerar Deus e o Homem como separados. O homem que faz a vontade divina acaba por se tornar Deus ele mesmo.

Assim, o único padrão que podemos ter de Bom ou Mau é o padrão do indivíduo. Pois somente ele pode saber o que é "correto". A noção de fazer o bem "social" é uma balela. A sociedade é um dispositivo do homem, criada para satisfazer determinadas necessidades. Se o homem se submete somente à sociedade ele, provavelmente, não está seguindo sua Vontade pessoal, que acaba por ser a Vontade Divina. (É claro que existem casos nos quais a vontade verdadeira do homem pode até ser servir a sociedade. Mas vai além aquele que entende esses mecanismos e percebe as Leis da Natureza de uma perspectiva maior.)

A maior das falácias é a da evolução para um mundo melhor. Seja ele na terra ou no "céu". A energia total do universo nunca aumenta ou diminui. Apenas acontecem combinações entre as partes separadas. Como um Deus panteísta sofrendo de esquizofrenia, uma cosmologia poética onde ele se separaria por estar só (comum em muitas mitologias) sendo a única "explicação" para a existência. Pode parecer para a mentalidade fraca que esta sociedade tecnológica em que vivemos é bem melhor do que uma sociedade dita "primitiva". Mas o que conta são os indivíduos. E em qualquer uma dessas sociedades somente uma extrema minoria alcança um ponto de vista um pouco maior do que o do simples gado.

Como Nietzsche disse, o objetivo das massas é criar o super-homem. Assim, apenas alguns "escolhidos" tem a capacidade e o discernimento que permite que sejam realmente livres.

Isso tudo serve para ilustrar apenas que somente o homem é medida para si mesmo, e que não existe Moral externa ao homem, nem ciência, nem espaço, nem matéria, nem razão, nem tempo, pois essas são coisas intríncecamente do Homem. Cada um tem a sua noção dessas coisas. "Uma só lei para o boi e para o leão é opressão."

2 - Da maneira dos que não são gado:

A único possível método sincero de aproximação com o mundo é o ceticismo. O indivíduo não pode acreditar em nada que não seja sua experiência própria, deve não só duvidar do outro, mas de outro.

O mundo é, assim, aquilo que o indivíduo experimenta. Se ele acredita em alienígenas, espíritos, deuses ou papai-noel, ele deve ter um bom motivo para isto, assumindo-se, pelo menos, que não seja gado.

Com este texto, por exemplo, eu não pretendi ser imparcial (pois como demonstrei, isto é impossível...) e sim passar minhas própria visão carregada com todas minhas idiossincrasias. E é assim que é sempre, mesmo num trabalho científico.

Tudo que se percebe, existe, é, de fato, invento nosso. Assim, a idéia de Deus é pura invenção do homem (ele "só" existe na cabeça das pessoas, mas esse é o único "existir" possível) mas é inestimável, por exemplo, para a criação de "gado". A idéia da reencarnação é outra. Serve claramente à resolução de questões sociais (a questão das castas indianas, por exemplo) e como sustentação para os que temem a morte (como fim da individualidade... sempre há os que acreditam que o joãozinho ainda existe, mesmo depois de seu crânio explodido, simples medo da morte.)

3 - O cético mais elevado é o que acaba acreditando em duende:

Diz o taoísmo que a princípio o homem crê na montanha por preguiça, e assim ele permanece. Mas se ele for sábio, duvidará da montanha e provará sua inexistência. E durante anos sofrerá por sua perda, até, que de relance, num insight, ele verá a montanha a sua frente, e não só isso, conhecerá a montanha como a princípio ele nunca imaginou.

O Ceticismo lava tudo, limpa-nos de todas as possíveis falácias e mesmo das verdades, a percepção pura vem depois, depois de retiradas todas as abominações dessas idéias de "Gado" que giram por aí.

Eu não pretendi dizer que Deus, Reencarnação ou papai-noel não existem de fato. O que eu posso fazer é apontar os mecanismos perniciosos que produziram estas crenças. Mas mesmo isso não prova nada. Portanto devemos nos guiar pelas dicas que as diferentes culturas nos dão.

Nem a Bíblia, nem o Bhagavad-Gita, nem os tratados científicos, nem nenhuma doutrina carrega a Verdade, pois a ela só existe para o indivíduo, e é intransferível. Então o que carregam estes livros? Duas coisas: verdades parciais e ferramentas de manipulação de "gado". Cabe ao nosso discernimento captar as armadilhas que existem nessas obras entendendo os objetivos de quem escreveu e daí sugar o néctar puro que sempre existe em qualquer doutrina.

Assim, com um mínimo de estudo de Psicologia, Mitologia, História, Ciência e observação da realidade é possível até acreditar em duendes, se realmente nos dedicarmos com afinco ao ceticismo e ao exercício de pensar.

Leitura recomendada:
Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marquez
(Da inexistência de progresso)

A Filosofia Perene - Aldous Huxley
Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley
(Da sociedade como defesa da natureza)

As Portas da Percepção - Aldous Huxley
(Do experimento, da Realidade da Ilusão)

Memórias, Sonhos e Reflexões - Carl Gustav Jung
(Imprescindível)

The Book of The Law (Commented) - Aleister Crowley
(Descubra o que a Besta pensa, por ela mesma)

O Livro dos Espíritos - Alan Kardec
(Divertido para sublinhar as besteiras)

Eram os Deuses Astronautas? - Eric Von Daniken
(Da persuasão. Prova que se pode convencer todo mundo de uma besteira)

Cama de Gato - Kurt Vonnegut Jr.
(Da religião e Da ciência, falando mal das duas)

Como Vejo o Mundo - Albert Einstein
(Do gênio-retardado-humanista-carrasco-em-casa-judeu-alemão)

O Colapso do Universo - Isaac Asimov
(De como somos pequenos e as estrelas grandes)

Além do Bem e do Mal - Friedrich Nietzsche
(Do filósofo anti-filósofo)

O Anticristo - Friedrich Nietzsche
O Crepúsculo dos Ídolos - Friedrich Nietzsche
(Do rei dos aforismos)

O Tao da Física - Fritjof Capra

O Matrimônio do Céu e do Inferno - William Blake

[Thelema] Liber Oz

Liber LXXVII

"a lei do forte:
esta é a nossa
lei e a alegria
do mundo." AL ii 21

"Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei." AL i 40

"tu não tens direito a não ser fazer a tua vontade. Faze aquilo, e nenhum outro dirá não." AL i 42-3

"Todo homem e toda mulher é uma estrela." AL i 3

Não existe deus senão o HOMEM.

1. O ser humano tem o direito de viver por sua própria lei :

de viver da maneira como quiser viver;
de trabalhar como quiser;
de brincar como quiser;
de descansar como quiser;
de morrer quando e como quiser.

2. O ser humano tem o direito de comer o que quiser;

de beber o que quiser;
de morar onde quiser;
de se mover como quiser sobre a face da terra.

3. O ser humano tem o direito de pensar o que quiser;

de falar o que quiser;
de escrever o que quiser;
desenhar, pintar, lavrar, estampar, moldar, construir como quiser;
de se vestir como quiser.

4. O ser humano tem o direito de amar como quiser:

"tomai vossa fartura e vontade do amor como quiserdes, quando, onde e com quem quiserdes." AL i 51

5. O ser humano tem o direito de matar esses que
quereriam contrariar estes direitos.

"os escravos servirão." AL ii 58

"Amor é a lei, amor sob vontade." AL i 57

[Música] Macumba Hits


Quem gosta de pontos de umbanda, quimbanda e candomblé vai se divertir hoje...

Postei VÁRIAS cantigas, mas para isso tem que fazer o cadastro no multiply..


Seguem os links:


Catimbozeiros de Plantão, divirtam-se.

[Pessoal] Moral, Ética e Devaneios

Mais um da série de escritos esquecidos no Fotolog.
E como sempre, mudar de idéia está sempre em questão, porém, como elas ainda não foram alteradas achei por bem coloca-las aqui, e quem sabe no futuro eu possa acompanhar a "evolução" de minha maneira de pensar/agir/criticar.

Moral, Ética e Devaneios:

Estou atualmente tendo algumas dúvidas referentes a alguns conceitos...
Moral e Ética são duas coisas que eu NÃO ACREDITO, então está complicadissimo para mim enteder esses conceitos do ponto de vista filosófico...
Considero que são duas coisas INVENTADAS para e pelo ser humano viver mais facilmente em sociedade, convenções, SENSO COMUM...
Enquanto os autores creêm que são conceitos universais e pré-existentes...
Outra coisa que vem ocupando espaço na minha mente são os "laços consaguineos" que ditam que TENHO de gostar de alguém apenas pq nasci na mesma familia e/ou tenho algum parentesco genético...
Para mim isso é outra convenção que tb serviu para que vivessemos em sociedade e não uma coisa inerente ao ser humano...
Gosto de pessoas pelo que elas SÃO e não por laços familiares ficticios, pretensa autoridade e etc...
Essas coisas tomam muito da minha energia cognitiva e ainda n consegui assimila-las em sua totalidade, sem preconceitos ou pré-conceitos...
A faculdade está sendo boa nesses aspectos, me fazendo analisar as coisas imparcialmente, racionalmente, porém isso é MUITO DIFICIL e as vezes tenho receio de não conseguir...
O jeito é continuar tentando...E caso n consiga "concordar" produzirei uma nova "corrente" com o que creio ser a Verdade(Para mim...rs)

[Video] Insonia Night Club - Elke Maravilha



Não gosto da apologia que ela fazia da Zadoque.

Mas não posso negar que ela mandou bem pra caralho aqui.

Tem uma entrevista dela no Jô soares onde a mesma canta em alemão "troo trevas", MUITO BOM, mas não consegui encontrar...

Se alguém tiver acesso a mais material da Elke cantando me mande e já agradeço de antemão.

[Pessoal] Assumindo a Misantropia

Este é um texto que eu havia postado no meu Fotolog e esquecido por lá, agora, com essa empolgação de quem nunca teve multiply e blog, resolvi fazer um apanhado dos textos colocar os que dou maior importância aqui.Percebi que ando meio desleixado com o fotolog e resolvi atualiza-lo, sempre prometendo que irei fazer isso todos os dias e SEMPRE não cumprindo a promessa...
Pensei num post "meigo" sobre os filmes que vi esses dias, ou sobre minha fase de total transição... Até ia colocar uma música "fofa" com uma foto mais "fofa" ainda...
Mas não adianta, sou uma pessoa "amarga" por natureza...
Finalmente assumi meu lado misantrópico sem culpa...
-Não gosto da maioria das pessoas
-Não quero ter filhos
-Em quase 85% do tempo eu me preocupo apenas com o MEU umbigo
-Em 90% do tempo só me preocupo com as pessoas se elas estão interferindo na MINHA vida -etc etc etc...
Deu para entender non????
Enfim... Estou aprendendo a ouvir algumas bandas brasileiras com o meu pai, que passa o dia assistindo MTV e correndo para o Kaazar pegar o que interessa...
Lembrando de alguns acontecimentos e comentários achei uma que cita bem o que quero dizer a algumas pessoas...
Para não perder o custume, mando recados e falo sobre o que EU sinto em forma de letras de música, quem "cá" frequenta sabe disso...
Sem mais delongas, LEIAM E PENSEM...
Gramado
Ludov Composição: Mauro Motoki / Habacuque Lima
Se o gramado ao lado todo esverdeado
Parecer melhor que o seu
Tome mais cuidado com esse mal olhado
Não venha cuspir no meu
Um olhar sobre o muro
Seu jardim já morreu
Deixe de ser tão inseguro
A casa está cheia de flores e você nem percebeu
Não quero o seu conselho,
Em mim mesmo me espelho
Eu não dou chance ao teu azar
A minha alegria é saber que algum dia
Você ainda vai despertar
Um olhar sobre o muro
Seu jardim já morreu
Deixe de ser tão inseguro
A casa está cheia de flores e você nem percebeu
De que vale plantar se você não colher
É preciso esperar pra ver
Molhar, proteger
É preciso esperar pra ver Brotar, florescer
É preciso esperar pra ver
ADENDOS...rs
-Cuidem de SUAS próprias vidas...
-Não usem meu nome em conversas que eu n esteja presente...
-Não falem de mim, vcs tem um EGO para falar sobre ele...
-Joguem areia em seus próprios olhos, deixem os meus em paz...

[Política (?)] Mais um texto sobre os "Vermelhos"

Mais uma sobre os "vermelhos" e suas "militâncias"...
Texto retirado do blog LiberalLibertarioLibertino, blog esse que eu recomendo com VEEMÊNCIA...
Escrito por : Alex Castro.
Vamos aos foices enferrujadas...
Prisão Nº9:

Patriotismo (Parte 6 de 7) Reserva de Mercado

Outro dia, me veio uma cavalgadura defender boicote aos produtos americanos por causa da guerra do Bush. E eu perguntei: foi a Coca-Cola que invadiu o Iraque? Foi o McDonald’s que inventou as tais armas químicas que não existem? Essas empresas têm alguma coisa a ver com as decisões criminosas do Bush? Se for por isso, vou parar de tomar Guaraná Antarctica em repudio a essa elevadíssima taxa de juros do Governo Lula.

Esperem, que fica melhor.

A mesma cavalgadura, militante doente de esquerda, disse que acabou decidindo parar o boicote porque, num mundo globalizado como o nosso, essas iniciativas podem acabar saindo pela culatra. Afinal, quantas fábricas a Coca-Cola têm no Brasil? Se as vendas no Brasil caírem, vão ser os empregados brasileiros que vão acabar demitidos e os lucros da Coca-Cola não iriam cair nem meio por cento. (Vamos fingir que ela não desistiu do boicote porque, na verdade, não agüenta viver sem Coca Light, que eu conheço bem a peça) .

Eu perguntei: mas você, militante da esquerda, pelos direitos dos trabalhadores, trabalhadores do mundo, uni-vos, etc etc, não se importa com os empregos dos operários americanos? Ela ficou meio confusa, coitadinha.

Esse patriotismo nós contra eles eu nunca entendi. Numa guerra, vá lá, você comemora mil mortes inimigas e chora uma sua, e mesmo assim, me parece profundamente hipócrita e cretino.

Mas essa esquerda nacionalista me parece duplamente perversa. Antigamente, os fascistas é que eram nacionalistas, a esquerda era supranacional, trabalhador é trabalhador, não importa de onde. O faxineiro da fábrica da Coca-Cola em Atlanta é tão trabalhador (ou seja, tão fudido) quanto o faxineiro da fábrica da Coca-Cola na Baixada Fluminense.

Hoje, não. Parece que a esquerda perdeu uma das suas poucas características redentoras: se os lucros da Coca-Cola caírem e demitirem milhares de trabalhadores americanos, que se fodam, esses ianques imperialistas que ganham salário mínimo! (É, tem gente nos Estados Unidos que ganha salário mínimo) Se forem brasileiros, oh, meu deus, que horror! É a globalização! É a globalização! Esses cachorros!

Sou contra qualquer tipo de reserva de mercado. Sou contra, por exemplo, estudar José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo ou Manuel Antônio de Almeida. São autores menores, absolutamente menores, totalmente medíocres. Seus livros são literatura somente na mais ampla acepção do termo e olhe lá. Os três têm seu lá imenso valor histórico, ajudaram a criar nossa literatura, desbravaram o campo, etc etc etc, mas Literatura, com L maiúsculo, é muito maior do que o nosso pobre Memórias de um Sargento de Milícias.

Não é que eu não goste desses autores. Gosto muito e já li grande parte de suas obras. Mas só porque sou historiador e carioca doente – tentando fugir dessa prisão, lembram? Os romances românticos urbanos, como Senhora, A Moreninha, O Moço Loiro, A Pata da Gazela, Diva, etc, são verdadeiras viagens por um Rio de Janeiro há muito desaparecido.

Mas que não são literatura, não são. Se o valor deles é apenas ter sido brasileiros, então, desculpem-me, mas isso não é valor algum: é acidente geográfico. Se o valor deles é como objeto de estudo do romantismo, então é melhor estudar o romantismo dos grandes mestres e não dos praticantes medíocres.

Pensei em fazer um mestrado em Literatura, mas vi que todas as cadeiras eram em Literatura Brasileira. Quer dizer que só posso estudar nossa literatura? Não é nem que não existam grandes mestres entre nós (Clarice, Rosa, Machado, etc) mas por que me restringir a eles quando tenho o mundo?

Por que posso estudar o naturalismo de Aluísio de Azevedo, mas não o de Zola? Só por que um brasileiro e o outro não? Isso é pequeno demais, mesquinho demais, não consigo pensar assim.

Não consigo coadunar.

quarta-feira, junho 13, 2007

[Religião] Richard Dawkins - Fé e Ciência

Richard Dawkins explica a diferença que existe entre e Ciência.

[Poesia] Parfum Exotique - Baudelaire

(Baudelaire por Courbet)
Parfum Exotique

Quand, les deux yeux fermés, en un soir chaud d`automn
Je respire l`odeur de ton sein chaleureux,
Je vois se dérouler des rivages heurex
Qu`éblouissent les feux d`un soleil monotone:

Une île paresseuse où la nature donne
Des arbres singuliers et des fruits savoureux;
Des hommes dont le corps est mince et vigoureux
Et des femmes dont l`ceil par sa franchise étonne.

Guidé par ton odeur vers de charmants climats,
Je vois un port rempli de voiles et de mâts
Encor tout fatigués par la vague marine,

Pendant que le parfum des verts tamariniers,
Qui circule dans l`air et m`enfle la narine,
se mêle dans mon âme au chant des mariniers.

[Política (?)] Informações sobre o VHEMT

Movimento de Extinção Humana Voluntária.

O que é o Movimento de Extinção Humana Voluntária?

VHEMT (sigla em inglês -- pronuncia-se "veemente") é um movimento, não uma instituição. É um movimento apoiado por pessoas que se preocupam com a vida na Terra. Não somos um bando de misantropos e anti-sociáveis, ou malthusianos desajustados, que morbidamente se deliciam sempre que um desastre atinge humanos. Nada poderia estar mais longe da verdade. A extinção humana voluntária é a alternativa humanitária aos desastres humanos.

Não discorremos sobre como a raça humana mostrou ser um parasita ganancioso e amoral sobre a então saudável face deste planeta. Esse tipo de negativismo não oferece solução aos inexoráveis horrores causados pela ação humana.

Ao contrário, o Movimento apresenta uma alternativa animadora à fria exploração e à liquidação da ecologia terrrestre.

Como Voluntários veementes sabem, a prometedora alternativa à extinção de milhões de espécies de plantas e animais é a extinção voluntária de uma apenas: Homo sapiens... nós.
Cada vez que alguém decide não acresecentar outro de nós aos bilhões (que continuam a se multiplicar) já ocupando este planeta deformado, um raio de luz brilha pelas trevas.

Quando todo humano escolher parar de procriar, a biosfera terrestre poderá voltar a sua primeira glória, e todas as criaturas restantes serão livres para viver, morrer, evoluir (se é que crêem na evolução) e talvez deixarem de existir, como tantos outros "experimentos" da Mãe Natureza fizeram através dos tempos. A ecologia terrestre terá sua boa saúde restaurada... à "forma de vida" conhecida por muitos como Gaia.

Irá nos arrebatar a todos.

Você está falando sério?

Estamos sendo bastante veementes.

Muitos vêem graça no Movimento e acham que não podemos estar falando sério sobre extinção humana voluntária, mas apesar da seriedade da situação e do movimento, há espaço para o humor. Ademais, sem humor, a condição da Terra torna-se deprimente demais -- um pouco de leveza alivia a gravidade.

É verdade que a extinção próxima da vida selvagem e a morte diária de 40.000 crianças não são piadas, mas risos ou lamúria não mudarão o que acontece. Por que não nos divertirmos enquanto trabalhamos por um mundo melhor?

Além disso, fazer tornar a Terra ao seu esplendor natural e encerrar o sofrimento inútil da humanidade são pensamentos positivos -- não há lógica em ficar choramingando sobre a nossa perdição.

Q. Os Voluntários esperam ter sucesso?

Os Voluntários do VHEMT são realistas. Sabemos que jamais veremos o dia em que não haverá mais seres humanos no planeta. Nosso objetivo é a longo prazo.

Tem-se considerado que há somente duas chances de que todo o mundo se torne voluntário e pare de procriar: mínima e nenhuma. As chances podem estar contra a preservação da vida na Terra, mas a decisão de parar de se reproduzir ainda é a correta, moralmente. De fato, a probabilidade de nosso fracasso em evitar a morte em massa que está sendo engendrada pela humanidade é uma ótima razão para não sentenciar mais alguém à vida. O futuro não é mais como costumava ser.

Mesmo que a nossa chance de sucesso fosse uma em cem, nada aconteceria se não tentássemos antes. Desistir e permitir à humanidade seguir seu próprio caminho seria leviandade. Há muito, muito em jogo.

O Movimento pode ser considerado um sucesso a cada vez que outro dos Voluntários decide não procriar mais.


Q. O VHEMT tem inimigos?

Após assistirmos algumas centenas de dramas na TV, nos quais o mocinho acaba com o bandido, é tentador olhar o mundo real com essa mesma mentalidade idiota e improdutiva. Podemos procurar um inimigo para atacar quando defendemos a justa causa, mas na verdade não há bandido nesta história.

Afinal, os verdadeiros "inimigos" são a ganância, ignorância e opressão humanas. Podemos alcançar mais ao promover a generosidade, consciência e liberdade do que quando, por vaidade, saímos a caça de bandidos que não existem.

Um enorme progresso pela melhoria da qualidade de vida na Terra será combatermos a ganância com a responsabilidade, a ignorância com a educação e a opressão com a liberdade.
Ao invés de encontrar os bandidos na rua ao meio-dia para duelar, por que não convidá-los ao bar para tentar resolver os problemas através da conversa?

Q. Qual é a posição oficial do VHEMT?

Já que o Movimento de Extinção Humana Voluntária não é um ser vivo, com um cérebro ou uma boca, não pode tomar posições ou ter opiniões. Não pode entrar em discussões, dizer às pessoas o que fazer ou pensar, ou levar um soco por fazer isso.

A extinção humana voluntária é simplesmente um conceito a ser acrescentado aos credos já existentes, não um código de comportamento complexo sob o qual se deva viver. Nenhum comitê de agitadores do Movimento decide qual posição todos os outros deveriam tomar.

A maior parte dos Voluntários concorda com a filosofia incorporada no lema: "Que possamos viver muito, e desaparecer", mas se alguém não quer viver muito, o problema é dele. A única real exigência para ser um Voluntário ou Simpatizante do VHEMT é a decisão de nunca adicionar outro ser humano à população. Um casal pode estar esperando um bebê e decidir se tornar veemente. Seria o último ser humano que estariam produzindo. Os Simpatizantes do VHEMT não são necessariamente a favor da extinção humana, mas concordam que mais nenhum de nós deveria ser criado neste momento.

Os Voluntários são tão divergentes em seus pontos de vista sobre religião, política e filosofia que seria excludente começar a formular posições oficiais do Movimento. Cuidado com dogmas, falamos com nossas próprias vozes.

Q: Quando e como se iniciou o VHEMT?

As raízes do VHEMT vão tão longe quanto a história humana. O potencial para um movimento de extinção humana voluntária tem estado por aí há tanto tempo quanto os humanos.

Quando os humanos da Idade do Gelo caçavam animais à extinção, pelo menos um dos nossos antepassados deve ter grunhido em dúvida. Ao passo que o Crescente Fértil tornava-se um deserto estéril e os cedros do Líbano eram sacrificados pelos templos, alguém deve ter pensado: "isto cheira mal", ou algo do tipo.

Quando os antigos fenícios criaram o Saara ao desmatar florestas para construir barcos e os romanos abasteceram seu império extraindo recursos de perto e longe, certamente alguém afirmou: "Humanus non gratis". ALGUÉM deve ter tido a idéia de que o planeta estaria bem melhor sem essa horda intrometida.

Alguém, isto é, além do deus do Oriente Médio, Javé/Jeová/Alá. A tradição nos conta como, em tempos pré-históricos, esse deus-criador percebeu seu erro por ter feito os humanos e estava prestes a nos lavar da face da Terra, porém em um momento de fraqueza poupou uma família reprodutora. Oops!

Hoje a situação é crítica, e qualquer um de nós que pensa o suficiente no assunto chegará à mesma conclusão. Chamamos o Movimento de VHEMT, mas sem dúvida outros nomes lhe foram dados durante a História.

Deve haver milhões de pessoas mundo afora as quais estão, de forma independente, chegando à mesma conclusão. Grande parte dos Voluntários atuais já eram veementes mesmo antes de conehcerem a sigla "VHEMT".

As verdadeiras origens do Movimento podem ser encontradas na abundância de amor e lógica em cada um de nós. Nosso senso natural de justiça guia-nos à escolha mais responsável.

Q: Quem é o fundador?

Nenhuma pessoa fundou o VHEMT. Les U. Knight deu o nome "Movimento de Extinção Humana Voluntária" a uma filosofia ou visão de mundo que existe há tanto quanto os humanos são sapientes. É uma consciência que surgiu independentemente em vários lugares através da História, mas havia se perdido entre o senso pró-natalidade da sociedade.

Como milhões de outras pessoas, Les seguiu um simples caminho lógico , guiado por amor, e chegou à conclusão de que Gaia estaria bem melhor sem os humanos. Ele poderia ser considerado o descobridor, tendo identificado o Movimento ao dar-lhe um nome, apesar de cada um de nós encontrar sozinho a verdade.

Mesmo tendo Les se tornado internacionalmente conhecido como um porta-voz do Movimento, ninguém pode falar por todos os Voluntários do VHEMT. Não há posições oficiais sobre qualquer questão, além daquelas implícitas no nome do Movimento.

Q. Nós temos filhos. Ainda podemos nos juntar ao Movimento?

Claro que sim. Vocês não estarão sozinhos. Quando as pessoas atingem a perspectiva do VHEMT, elas decidem não adicionar mais à família humana já existente. Elas não pressionam seu filhos por netos e podem até encorajá-los a tomar uma decisão responsável sobre sua fertilidade.

Não há razão para se sentir culpado pelo passado. A culpa não leva a soluções positivas. Ser veemente não tem nada a ver com o passado. É o futuro da vida na Terra que os Voluntários querem preservar.

As crianças de hoje são o destino de amanhã. Nossas crianças tem o potencial de alcançar a consciência necessária para reverter a direção da civilização e começar a restaurar a biosfera terrestre. Noosa ajuda poderia ser usada pela maioria para atingir todo o seu potencial.

Q: Há pessoas que se opõem ao VHEMT?

À primeira vista, alguns acham que os Voluntários e Simpatizantes do VHEMT devem odiar pessoas, e que queremos todos cometendo suicídio ou tornando-se vítimas de assassinatos em massa. É fácil esquecer que um outro caminho para reduzir os números é, simplesmente, parar de fazer mais de nós. Fazer bebês parece ser um ponto cego na nossa percepção da vida.

A idéia de todos nós pararmos voluntariamente de procriar é muitas vezes descartada sem muita consideração. Exemplos:
  • "As pessoas vão fazer sexo, você não pode impedir."
  • "Procriar é um instinto natural."
  • "Mas eu adoro bebês!"
  • "Alguns de nós deveriam se reproduzir por sermos melhores do que outros."
  • "Os humanos são uma parte da Natureza."
E tantas mais.

No entanto, se qualquer um de nós pensar um pouco melhor sobre a situação, esforçando-se para atravessar aqueles barreiras socialmente incutidas e esclarecer nossas idéias, chegará praticamente à mesma conclusão: deveríamos, por opção, desaparecer gradualmente, para o bem da humanidade e do planeta.

É óbvio que o VHEMT é contrário à extinção involuntária de qualquer espécie, assim como qualquer tentativa que estimule o extermínio humano. Há atualmente esforços agregados que nos fazem caminhar para ambas essas tragédias. Por exemplo:
  • Produção e uso de armas.
  • Produção de tóxicos, como os petroquímicos e nucleares.
  • Exploração de recursos humanos e naturais.
  • Promoção do fascismo reprodutivo.

E tantas mais.

O descrito acima poderia ser chamado de THEM (sigla em inglês), Movimento Terrorista de Extermínio Humano; mas isso seria rotular e apenas encorajaria uma atitude de rivalidade.
O VHEMT é contrário ao que essas pessoas fazem, porém é duvidoso que alguém se incomode de "retribuir o favor". O fato é que não há muita lógica em se opor a um movimento voluntário que não faz mal a ninguém e beneficia a todos.

Q. Como alguém pode se tornar um membro?

Ser veemente é um estado de espírito. Tudo o que você deve fazer para se juntar é tomar a decisão de parar de se reproduzir. Para alguns, essa é uma decisão fácil de se tomar. Para outros, é uma questão polêmica. Mas para muitos, juntar-se ao Movimento significa fazer um enorme sacrifício pessoal.

O Movimento de Extinção Humana Voluntária não é uma instituição -- não há carteirinha de associado ou mensalidades. Somos milhões de indivíduos, cada qual fazendo o que acha ser melhor.

De uma forma geral, os humanos se relacionam com o VHEMT de uma entre três maneiras: Voluntário, Simpatizante e Voluntário ou Simpatizante em Potencial. Você está convidado a selecionar aquela que chega mais perto da sua atual perspectiva sobre o Movimento.

Voluntários do VHEMT: "Todos nós devemos voluntariamente parar de nos reproduzir a partir de agora, trazendo sobre nós a eventual extinção do Homo sapiens."

Simpatizante do VHEMT: "A criação intencional de mais um de nós por qualquer pessoa é injustificável neste momento, mas querer a extinção da nossa espécie é exagero."

Voluntário ou Simpatizante em Potencial do VHEMT: "Pare de tentar colocar palavras na minha boca. Talvez eu concorde, talvez não, e talvez eu queira saber um pouco mais antes de me decidir."

As Últimas Sobre O Movimento

O sítio do VHEMT está disponível aos visitantes desde Julho de 1996. Um número crescente de pessoas de todo o mundo estão visitando estas páginas, em média 700 delas por dia em 2000 (3.000 "hits"/dia). O sítio foi reformulado e atualizado em Janeiro de 2001.

As reações têm sido divergentes, obviamente. As reações negativas são comumente resultado de mal-entendidos (em inglês), e um simples esclarecimento os resolve. (Novos mal-entendidos de visitantes do sítio disponíveis a partir de 1 de Janeiro de 2001). Alguns colegas simplesmente discordam (em inglês) da idéia de nosso desaparecimento. Concordâncias (em inglês) são numerosas e normalmente vêm daqueles que já eram veementes sobre a preservação da vida na Terra.

Um dos grandes objetivos de nosso sítio é avançar no movimento de conscientização das pessoas, que parece estar estagnado e talvez tenha regredido ao nível pré-ZPG, Inc. Os mais radicais grupos de conscientização das pessoas pregam uma média de uma criança ou duas no máximo, mas poucas, se houver, ousam pregar a procriação zero.

Pessoas demais parecem pensar apenas em massas famintas em outros países quando a população humana excessiva vem à mente. Outros parecem estar mais interessados em impedir as pessoas de se mudarem para suas nações-Estados ou bioregiões do que lidar com suas próprias contribuições aos números cresentes.

Um fórum online para Voluntários e Simpatizantes do VHEMT compartilharem e discutirem idéias relacionadas ao movimento de extinção humana voluntária está-se fortalecendo. Se você se considera apto, veja "Voluntário do VHEMT" ou "Simpatizante do VHEMT" acima para obter informações de como se unir a nós.

Se você tem questões que não foram respondidas pela leitura das páginas do sítio, ou se quer comentar algo, sinta-se à vontade para visitar Por que VHEMT? e deixar uma mensagem. Outros Voluntários e Simpatizantes podem responder a sua mensagem e suas questões de várias formas diferentes.

Além disso, se você tem uma razão para alguém criar mais um de nós hoje, você está convidado a sugeri-la em Por que procriar?

Mais informações em: http://www.vhemt.org/